sábado, 2 de outubro de 2010

Inovação e Conhecimento


O que o filme “Nosso Lar” tem a ver com Administração?

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Por Fábio Bandeira de Mello

As produções de temática espírita parecem despertar o interesse dos brasileiros. A expectativa gigantesca na estreia de “Nosso Lar” foi correspondida. O filme baseado no best-seller homônimo do médium Chico Xavier obteve mais de três milhões de espectadores nas salas de cinema de todo o Brasil.
 Com isso, a obra conquistou a primeira posição no ranking dos filmes nacionais mais vistos desde que entrou em cartaz. O investimento robusto (ultrapassou a 20 milhões de reais) fez com que os recursos cenográficos recebessem especial atenção, acarretando num dos mais elaborados trabalhos do gênero no Brasil.

 Ok, mas o que isso tem a ver com Administração?
 Quando assisti o filme no cinema, refleti não apenas sobre questões intrínsecas ao espiritismo (como a reencarnação, questões morais e etc), mas como a Administração pode estar mais presente do que nós mesmos podemos imaginar.
 Desde quando foi lançado o livro, nos auges da década de 40, ou com a recente produção do filme, “Nosso Lar” vem criando certa polêmica por determinados fatos decorrentes na sua história.
 Caro leitor, quero deixar claro que não farei aqui um juízo de valores, de que é verdade ou mentira, ou se você acredita ou não em assuntos relacionados ao espiritismo. A proposta não é defender determinada doutrina religiosa, mas refletir sobre a presença de mecanismos relacionadas à Administração apresentados durante o filme.

 Tese
A tese levantada em “Nosso Lar”, assim como na doutrina espírita, de que a vida na terra (”plano material”) busca refletir o que acontece no chamado “mundo espiritual”, traz a tona a importância da Administração em todos os níveis existenciais.
Geralmente, os livros de “Introdução à Teoria Geral da Administração” definem a Administração como a tomada de decisão e gerenciamento de uma organização. Os princípios para administrar são planejamento, organização, direção e coordenação. Justamente, esses contextos são abordados claramente em diversos momentos de “Nosso Lar”.
O didatismo do livro e do filme, que esmiúça cada detalhe dessa outra realidade, indica semelhanças entre os conceitos da Administração do mundo material e espiritual. A própria estrutura  da colônia Nosso Lar atua como um verdadeiro centro organizacional. Há também, uma hierarquia de funções e cargos entre os espíritos, onde é preciso trabalhar para poder “evoluir”. Veja alguns exemplos:

Centro Administrativo: Dentro da “colônia espiritual” (a cidade onde reúnem os espíritos), existe a Governadoria que é o local onde partem as coordenadas para a administração pública, representadas pelos Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina.
Juntos, elas configuram um verdadeiro e atuante centro administrativo.
Missões da empresa: Agregar valor, melhorar a qualidade, aumentar a produtividade, resolver problemas e conflitos, alcançar objetivos e, sobretudo, oferecer resultados ampliados. Essas são algumas das diretrizes empregadas tanto nas empresas aos seus funcionários, quanto às utilizadas pelos moradores espirituais em sua rotina.
 Direitos e deveres: Temos obrigações a serem cumpridas nesta outra dimensão, na qual, devemos aprender, trabalhar e realizar tarefas, sempre obedecendo uma hierarquia bem dividida e organizada.
 Premiação: Os funcionários mais graduados por tempo de serviço, dedicação e espiritualidade, moram mais próximo da Praça Central. Já nas casas mais afastadas estão as residências de uso diversos.
 Trabalho em equipe: A vida de cada ser é empregada para servir ao próximo e buscar o auto desenvolvimento, principalmente participando de trabalhos coletivos e aprendendo a escutar os mais evoluídos.
 Quase um estágio: Todos são acompanhados e respeitados em seu processo de aprendizado.
 A cultura organizacional: Os recém-chegados à cidade espiritual passam por uma adaptação. O mesmo acontence com os profissionais novatos em uma empresa.
Diante do ponto de vista abordado em “Nosso Lar”, as premissas da Administração são primordiais para o estabelecimento da almejada harmonia da organização e avanço individual, independente do lugar e “plano” em que a pessoa se encontra.
 Parece que aqueles que gostam de usar o jargão “Administração está presente em tudo na vida“, deverão rever ou ampliar seus conceitos.

Gestão de Pessoas


Jeffrey Pfeffer: “Quer viver muito? Tenha poder”

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Fonte HSM Online

Por Jeffrey Pfeffer
Professor de management da Stanford Graduate School of Business, considerado um dos maiores nomes mundiais em gestão de pessoas, Pfeffer abriu o segundo dia do Fórum HSM de Negociação perguntando para a plateia: quem gostaria de ter mais poder?

O professor define poder como a capacidade de conseguir o que se almeja – especialmente em situações de disputa. “Você tem poder até o ponto em que você pode, em decisões contestadas, fazer as coisas do seu jeito sem nunca ter de deixar uma posição, a menos que se queira”. Para Pfeffer, o poder pode ser avaliado por suas fontes, aplicações, status e posição. E qual a relação entre o poder e as negociações?
O especialista responde explicando que a negociação é um processo no qual se dividem coisas. “Às vezes, negociar implica repartir um recurso, como dinheiro, entre as partes. Se não levarmos em conta as habilidades de negociação, é a distribuição inicial de poder que determina quem conseguirá mais de uma negociação”. Portanto, você estará em melhor situação se entrar numa negociação com mais poder.
Pfeffer ressalta ainda que o poder afeta os resultados de negociações entre nações, empresas, pessoas e organizações. Para ele, a habilidade para negociar e para exercer poder está relacionada ao talento para representar, talento lingüístico, talento para atrair outros e talento para influenciar. “O poder é importante quando consideramos um processo de negociação e seus resultados. Neste processo, uma
das habilidades mais importantes é a de agir”, afirma.

Último segredo sórdido
“Nós achamos que queremos o poder, mas não vamos realmente atrás dele”, sentenciou Pfeffer, afirmando que o poder é o ultimo segredo sórdido de uma organização.” Muito se fala sobre dinheiro e sexo, mas pouco se fala de poder nas organizações. Somos motivados a creditar que o mundo é justo e bonito, e que o poder será conseqüência de tudo”. Pfeffer analisa que essa não é a realidade do mundo, e que na maior parte das vezes recebemos o que é possível obter numa negociação, não necessariamente o que merecemos. Ele destaca ainda que as habilidades comerciais e técnicas, bem como o talento, são importantes para exercer o poder. Temos de contribuir para nossa eficácia e a de nossa organização.
“A organização se cuida muito bem, agora os líderes precisam se preocupar com suas próprias eficácias. Isso tudo está relacionado, mas de certa forma são coisas distintas”. O professor chama a atenção sobre os benefícios do poder. “Por que nos preocupamos em ter poder?”, questiona. Porque o poder pode ser monetizado, transformado em dinheiro. “Utilize o poder em seu favor”, aconselha, ressaltando que é possível transformá-lo em riqueza a partir do momento em que permite a você realizar coisas e influenciar as mudanças.

Status e saúde
Pfeffer afirma que quando traduzido em maior controle sobre as condições de trabalho, o poder está associado à boa saúde e ao aumento da sobrevida. Ele conta que estudos de Whitehall, no Reino Unido, constataram uma relação inversa entre o cargo dos funcionários públicos e a taxa de incidência e mortalidade por doença arterial coronariana – mesmo levando em conta níveis de colesterol, índices de massa corporal, tabagismo e histórico familiar. “Quanto maior o seu escalão, menor o seu índice de doença coronariana”, argumenta.
Pesquisas subseqüentes documentaram a ligação entre controle sobre o trabalho, envolvendo autoridade para decidir e autonomia para utilizar as próprias habilidades, e efeitos positivos na saúde física e mental. A conclusão é a de que pessoas com mais controle, tem vida mais longa e saudável. “Quer viver muito? Tenha poder”, afirma Pfeffer.

Sucesso Profissional


Você sabe quais fatores mais contribuem para o sucesso profissional?

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Por Redação Administradores
Para a obtenção do sucesso profissional, possuir qualidades como adaptação à cultura organizacional e motivação, assim como habilidade nas relações interpessoais se tornam muitas vezes mais importantes do que habilidades técnicas, especialização ou experiência anterior na área.
 Esse foi o resultado de uma pesquisa realizada pela consultoria organizacional Right Management, com mais de 890 dirigentes e profissionais de recursos humanos, sobre os principais valores para contribuição no desempenho de profissionais.
 A pesquisa constatou que as empresas valorizam profissionais que se motivam pelas oportunidades na organização e como eles interagem com os colaboradores à sua volta. O número de entrevistados que apontou “adaptação à cultura organizacional / motivação” como fator que mais contribuíram para o desempenho, superou em duas vezes e meia aqueles que citaram “qualificações técnicas” ou “experiência na função” como mais importantes.
 De acordo com Elaine Saad, country manager da Right para América Latina, ainda que um profissional possua um excelente currículo, sua performance fica comprometida quando ele se mostra inflexível ou não consegue se adaptar aos valores da companhia. “É imprescindível que as empresas estejam atentas a este cenário para que não percam seus talentos e consigam sobreviver ao mercado casa vez mais competitivo”, aponta a consultora.
 Segundo Elaine, quando os colaboradores percebem que não existe coerência entre a liderança e a cultura organizacional, eles perdem a motivação e tendem a diminuir a produtividade ou buscar desafios em outras empresas. A executiva destaca um prejuízo ainda maior, causado pelo desencanto que a falta de alinhamento pode provocar. Sem os líderes certos, capazes de fazer progredir a organização, a empresa perde a velocidade e a sua margem competitiva.
 Confira três passos para garantir o melhor desempenho de um profissional na organização, de acordo com a consultora Elaine Saad:
 Identificar – Analisar os elementos básicos da cultura organizacional. Antes de determinar se o profissional possui ou não a capacidade para se adaptar a cultura da empresa, é preciso determinar os atributos básicos dos seus próprios valores, como se a organização valoriza a inovação ou tem uma estrutura de comando rígida.
 Avaliar – As organizações devem identificar um corpo de líderes de alto potencial. A partir dessa análise, poderão determinar, por exemplo, aqueles cujos valores se alinham, com a cultura corporativa e que estariam mais propensos a se sentirem satisfeitos no trabalho e que devem ocupar cargos de liderança na organização.
 Desenvolver – Criar um programa para desenvolver os líderes que se destacarem, usando os resultados da avaliação para ajudar os colaboradores a desenvolverem suas habilidades interpessoais.